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Perfeccionismo: "A Armadilha Invisível que pode te paralisar".

  • Foto do escritor: Diego Alquezar
    Diego Alquezar
  • 27 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de set.

Você já deve ter experimentado a sensação de fazer algo muito bem feito, sentindo um prazeroso sentimento de bem-estar e realização. Isso ocorre porque, quando algo nos importa de verdade, é natural criarmos expectativas em relação aos resultados, seja no trabalho, no lazer, nos relacionamentos, entre outros.


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No entanto, há uma grande diferença entre estar comprometido com o que é importante para você e ficar refém de resultados excepcionais. O primeiro ponto que precisamos compreender é que somos seres que pensam, sentem e sofrem. Toda a nossa natureza humana carrega uma certa volatilidade, que impacta diretamente a tão discutida “performance” nas nossas atividades. O segundo ponto crucial é que estar em busca da sua melhor versão não garante, necessariamente, resultados excepcionais. Nossa dedicação é apenas uma das muitas variáveis incontroláveis que influenciam o resultado de algo.

Quando não nos sentimos plenamente satisfeitos com os resultados, frequentemente surge o desconforto e a frustração, sentimentos que todos experimentamos ao longo da vida. Esses sentimentos podem nos oferecer pistas sobre o que os outros esperam de nós, sobre como nos vemos através dos olhos dos outros e como achamos que devemos nos comportar. Isso gera padrões de comportamentos e nos ensina como lidar com a frustração ou, em muitos casos, a evitar essa dor.

O perfeccionismo, assim, pode ser um padrão comportamental aprendido ao longo da vida, que facilmente pode levar a um sofrimento intenso. Ele pode se manifestar em forma de procrastinação, desistência, autocrítica e outras consequências sérias.

Em seu livro A Coragem de Ser Imperfeito, Brené Brown explica que o perfeccionismo está profundamente enraizado em incansáveis ciclos de evitações das nossas próprias vulnerabilidades. É como se acreditássemos que, ao fazer algo perfeitamente, poderíamos evitar encarar os inúmeros fantasmas e demônios que habitam silenciosamente dentro de nós.

Por isso, Brown sugere que a verdadeira coragem está em abraçar nossa vulnerabilidade e reconhecer que somos imperfeitos, que podemos falhar, e que isso faz parte da experiência humana. Ao praticar a autocompaixão, somos capazes de ser mais autênticos, criar conexões genuínas com os outros e nos manter conectados ao que realmente importa em nossas vidas, mesmo correndo sérios riscos de falhas e frustrações.

Um caminho possível no processo psicoterapêutico para lidar com situações como essa é trabalhar a autocompaixão. Isso envolve acolher e validar quem você é de verdade, com suas falhas e imperfeições. Algumas práticas de mindfulness também podem ajudar a estar presente no momento, sem julgamento, reduzindo a autocobrança e desenvolvendo uma abertura mais profunda de sua natureza humana.

Caso você se identifique com as dificuldades mencionadas, entre em contato para conversarmos sobre o processo psicoterapêutico.




 
 
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